4.1.07

No meu mundo perfeito o verão perfeito seria todo mundo se beijando, se abraçando, fazendo sinais de paz e amor, cabelões queimados nas pontas pelo sol, praia, mar, calção, corpo aberto no espaço (adoro ver-te), sol desde às 6 da manhã, pancadas de chuva lá pelas 4 da tarde e depois o arco-íris, todos os dias, sem excessão, a noite o luau (ou lual?), fogueira, como faziam os hippies (eu quero estar perto do fogo), como na idade média, beijo nas bocas todas, olhares se prometendo, céu com todas as estrelas e som de violão, legião urbana básico - estátuas e cofres e paredes... -, viagens lisérgicas e cigarros de ervas só pra ter todas as estrelas mais perto. O ramal 3582 toca e tô aqui, no oitavo andar de um prédio qualquer de uma travessa qualquer da avenida paulista, perdida no meu mundo perfeito, e chove e o céu está cinza e um mar de documentos, contratos a serem renegociados, pendências, encrencas, urgências. Às vezes me perguntam como eu agüento essa coisa louca que é hotel, flats e condomínio e eu sempre digo que é das pessoas que eu gosto mais, cuidar de hotel é como cuidar de casa, e cuidar da casa é de certa forma cuidar do bem estar das pessoas e eu gosto de cuidar das pessoas e das contas, da decoração, da manutenção, é tudo igual, só que em proporções maiores, a diferença é que me pagam (às vezes bem, outras nem tanto) pra isso. Aqui não tenho acesso aos meus e-mails, bom porque eles só tem me chateado ultimamente, mas tenho acesso ao blog, bom também, adoro os comentários. Tem muita gente bonita nesse prédio e um cara que é IGUAL ao Mark Rufallo e ele é bacanésimo como o Mark Rufallo deve ser, porque eu sempre achei o Mark Rufallo bacanésimo. Parece que essa chuva nunca mais vai passar e nunca mais vai haver sol em São Paulo. Ando numa trip tipo o mundo é bom e a felicidade até existe, parece que a fé aumentou, sei lá, uma sensação de que tudo tudo tudo tudo vai dar pé. Hoje cedo tinha um cara de pau duro no metrô, achei engraçado, ele no banco sentado, de olhos fechados, fiquei imaginando no que pensava, hahaha, às vezes nem é na Gi (né, Meco?), talvez na mulher de bigode aí debaixo, bizarrices, todo mundo tem mas ninguém fala. Comprei mais 2 livros do Caio hoje. Fiquei de cara com umas coisas, tipo, sempre aprendi que se temos bons sentimentos, geramos bons sentimentos, nem sempre é assim, me dá uma raiva porque tem momentos que sou completamente Pollyana, ingênua mesmo, de acreditar nas coisas, nas pessoas, de ser doce e tal e tomei uma invertida, é duro viu quando se tem a melhor intenção e o melhor sentimento EVER e nego vem e te apunhala pelas costas, sempre achei esse termo “fulano me apunhalou pelas costas” tão vítima, tão coitadinho, até acontecer de fato com você e você se ver ali com a faca cravada nas tuas costas, cruel demais viu. Meu niver tá chegando, 35 anos, vai ser um dia triste eu sei. Queria viver de arte e ter um nome hippie, tipo, Sol, Estrela, Gaia, Brisa ou um apelido Mel, acho lindo. Vou deixar meus cabelos naturais e, quem sabe, debaixo dos caracóis dos meus cabelos alguém vai sentir a vontade de ficar mais um instante...





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