20.9.06

Da série "Quem eu queria ser quando crescesse"

Muita gente conhece o Domingos Oliveira né...

Só três trechinhos de entrevista por ele concedida à Revista Época:

Época: Muitos já compararam seu cinema ao de Woody Allen e François Truffaut, mas você tem um apreço pela auto-referencialidade e pelo embaralhamento de registros (desde 'Todas as Mulheres do Mundo'), característica do cinema moderno, que não estão necessariamente na obra desses dois autores. Quais foram os diretores mais importantes em sua formação e por quais razões?

Domingos: Godard me ensinou que pode tudo, tudo monta. Truffaut me ensinou que é possível botar música clássica na vida cotidiana. Woody Allen é quem melhor reflete o mundo moderno, sabendo que o humor é o único modo contemporâneo de falar sério. Chaplin foi o que mais amou. E Fellini é o maior deles todos, porque , com o auxílio de Nino Rota, filmou o Mistério .


Os outros não interessa tanto a pergunta, mas as respostas:

"Meu cinema é sério. Mas se esforça muito para fingir que não é . Por que ? Por cortesia . Com o espectador".

"Eu, como muita gente, sou muito eu. Nunca fui realmente de nenhum grupo, nem a minha família jamais pertenci. O grupo é o caminho pelo qual um homem tem de passar, na medida que ele se individualiza.Eram todos meus amigos, o Cinema Novo. Mas me antagonizavam muito porque eu era o único que não achava que a política é o assunto mais importante do mundo. A política é uma coisa curiosa, terrível , vital .Porem são as relações humanas o que mais importa.A Arte é , a despeito de si mesmo, política. Não é preciso ir tão direto ao pote".

Vejam os filmes! São poucos em DVD, mas quase todos os demais passam no Canal Brasil...

Quinta-feira que vem Domingos fará 70 anos de idade. Deus conserve!





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