11.8.06
Filhos
Ter filhos é como embarcar num avião sem saber pra onde ele está indo, quando vai pousar (se pousar) e muito menos tendo uma rota definida. Você apenas sabe que vai.
Quando eles nascem a gente se sente perdida. De repente aquele ser que estava dentro de você está do lado de fora e com um monte de necessidades, a maioria delas que só VOCÊ pode suprir. Do dia pra noite a gente deixa de ser a mulher, a esposa, o ser humano (sim porque mãe é sobre humano) pra ser MÃE praticamente 24 horas por dia.
Mas essa fase passa! E é rápido mesmo que pareça uma eternidade.
Depois a criança começa a ser um pouco do mundo. Algumas mães deixam em creches, outras com babás, outras com avós ou alguém de confiança e voltamos ao mundo "real". Real uma ova! Mãe que trabalha não tem paz. Mãe que para de trabalhar pra criar os filhos fica quase maluca. Enfim...até os pimpolhos irem a escola, nem que seja por meio periodo, a gente está sempre sambando. E quando eles vão a escola a gente tem tanta coisa pra fazer nesse período que nem parece que eles foram. Sem contar que a gente leva e vai buscar e corrige lição e verifica o material e encapa caderno...vamos em frente...
Ai chega a adolescência e o samba vira uma verdadeira mistura de ritmos porque você continua Mãe, continua ser humano e tem mais a incumbência de ser psicóloga, melhor amiga, pior amiga, saco de pancada, motorista e assim por diante. A gente nunca sabe com quem vai se deparar pela frente: o filho ou o monstro. Um dia eles nos amam apaixonadamente e no outro nós somos as piores criaturas da face da Terra.
Mas depois os filhos chegam a idade adulta. Jovens adultos, digamos. E eu paro minha viagem por aqui porque é até onde cheguei nesse momento. Não é fácil também. De repente, sem aviso prévio, de ser tudo você passa a ser...pouco. Não digo nada mas, a gente não é mais o provedor, a psicóloga, a melhor amiga, a motorista. As vezes deixamos até de ser o saco de pancadas, mas normalmente esse cargo permance conosco. Temos que encarar nossos filhos como "outros seres humanos" com vontades próprias, com sonhos e desilusões. Estamos face a face conosco antes que nos tornassemos o que somos hoje. É fascinante! E apavorante!
Meus filhos brincam que eu sou Pãe: pai + mãe. Conheço muita mulher nessa situação e alguns homens também.
Ser Pãe é conviver com os dois lados da moeda o tempo todo. A gente procura ter um olhar masculino e feminino ao mesmo tempo.
Mas não importa se sozinha ou com um pai ao lado ser mãe é uma senhora aventura. Mães tem o terrivel defeito de querer sempre acertar. E é duro admitir que as vezes a gente erra. Erra até na dose de amor! Ou melhor, erra na dose da demonstração do amor.
Outro dia numa árvore na pracinha aqui perto tinha um papagaio que devia ter fugido de alguma casa. O bicho gritava "Mãeeeeeee"...e depois "Mamãeeeee". O dia inteiro ele ficou indo de uma árvore a outra gritando "Mãe". Um senhor tentou pegá-lo mas que nada...ele não vinha. Não sei pra onde ele foi porque voltei pra casa mas fiquei com a certeza de que na hora que a "coisa pega" até os bichos chamam pela Mãe.
É! Ser mãe não é fácil! Ser filho também não
Só podia ser Ela
Quando eles nascem a gente se sente perdida. De repente aquele ser que estava dentro de você está do lado de fora e com um monte de necessidades, a maioria delas que só VOCÊ pode suprir. Do dia pra noite a gente deixa de ser a mulher, a esposa, o ser humano (sim porque mãe é sobre humano) pra ser MÃE praticamente 24 horas por dia.
Mas essa fase passa! E é rápido mesmo que pareça uma eternidade.
Depois a criança começa a ser um pouco do mundo. Algumas mães deixam em creches, outras com babás, outras com avós ou alguém de confiança e voltamos ao mundo "real". Real uma ova! Mãe que trabalha não tem paz. Mãe que para de trabalhar pra criar os filhos fica quase maluca. Enfim...até os pimpolhos irem a escola, nem que seja por meio periodo, a gente está sempre sambando. E quando eles vão a escola a gente tem tanta coisa pra fazer nesse período que nem parece que eles foram. Sem contar que a gente leva e vai buscar e corrige lição e verifica o material e encapa caderno...vamos em frente...
Ai chega a adolescência e o samba vira uma verdadeira mistura de ritmos porque você continua Mãe, continua ser humano e tem mais a incumbência de ser psicóloga, melhor amiga, pior amiga, saco de pancada, motorista e assim por diante. A gente nunca sabe com quem vai se deparar pela frente: o filho ou o monstro. Um dia eles nos amam apaixonadamente e no outro nós somos as piores criaturas da face da Terra.
Mas depois os filhos chegam a idade adulta. Jovens adultos, digamos. E eu paro minha viagem por aqui porque é até onde cheguei nesse momento. Não é fácil também. De repente, sem aviso prévio, de ser tudo você passa a ser...pouco. Não digo nada mas, a gente não é mais o provedor, a psicóloga, a melhor amiga, a motorista. As vezes deixamos até de ser o saco de pancadas, mas normalmente esse cargo permance conosco. Temos que encarar nossos filhos como "outros seres humanos" com vontades próprias, com sonhos e desilusões. Estamos face a face conosco antes que nos tornassemos o que somos hoje. É fascinante! E apavorante!
Meus filhos brincam que eu sou Pãe: pai + mãe. Conheço muita mulher nessa situação e alguns homens também.
Ser Pãe é conviver com os dois lados da moeda o tempo todo. A gente procura ter um olhar masculino e feminino ao mesmo tempo.
Mas não importa se sozinha ou com um pai ao lado ser mãe é uma senhora aventura. Mães tem o terrivel defeito de querer sempre acertar. E é duro admitir que as vezes a gente erra. Erra até na dose de amor! Ou melhor, erra na dose da demonstração do amor.
Outro dia numa árvore na pracinha aqui perto tinha um papagaio que devia ter fugido de alguma casa. O bicho gritava "Mãeeeeeee"...e depois "Mamãeeeee". O dia inteiro ele ficou indo de uma árvore a outra gritando "Mãe". Um senhor tentou pegá-lo mas que nada...ele não vinha. Não sei pra onde ele foi porque voltei pra casa mas fiquei com a certeza de que na hora que a "coisa pega" até os bichos chamam pela Mãe.
É! Ser mãe não é fácil! Ser filho também não
Só podia ser Ela
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