25.1.06

15/09/1952 - 24/01/2006

Eu só queria que não doesse nem em você nem em mim. Queria que sua cabeça ficasse no arco dos meus braços e embalar o seu medo, se tivesse medo, nem sei se teve, mais medo tive eu como se fosse eu que morresse. Pronto, mãe, está acabado. Não precisa mais deste corpo que tanto te fez sofrer. Corre, com suas roupas brancas, por esses campos verdes, sem horizontes, respira, mãe, respira livre e forte, sem cansaço, voa, que não precisa mais de tubos de oxigênio, de tentar, de tentar, como se fosse preciso não morrer. Espera por mim , que um dia ainda te alcanço nessa corrida. Quem sabe seremos mais felizes do que fomos aqui, do que tanto tentamos aqui. Não quero a eternidade. Só quero o calor do seu abraço e sem querer, soluço, como uma menina órfã, presa, para sempre, no vazio dos meus braços.

Vai em paz mãe, vai em paz...





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