8.10.04

Não tem como continuar com cara de cu depois de ler a doce Pit.

Confraternização e Villa-Lobos

O jantar estava perfeito. Os convidados animados e comportados - se é que isso é possível - a bebida no ponto e os pratos um verdadeiro sucesso. Nem pareciam clientes e fornecedores, empregados e chefes tamanho o entrosamento.

Já estavam na quinta dose, respirando aliviados. As crianças se comportaram, o garçom não derrubou nenhuma bandeja, nenhuma secretária cantou o chefe, nenhum chefe liberou a mão-boba etc, etc, etc. Enfim, o álcool relaxou mas não tirou ninguém do prumo.

Foi nesse momento, em meio aos elogios do principal cliente à bela vista do apartamento, que o Tio Manoel entrou na sala. De meias. Só meias. Deu uma bela mijada no vaso de plantas entre o sofá e a poltrona. Depois, calmamente, foi até o piano, arrancou a almofada do banquinho, sentou e atacou um Villa-lobos perfeito. Levantou e voltou para o quarto, alheio a todos, com seu passinho mequetrefe.

No meio do silêncio absoluto, a voz do caçula:

- Olha mamãe, a bunda do Tio Manoel tá com a marca da palhinha!

by Pit-Dedo de Moça





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